.post { border: solid 4px #ff0000; margin:0 0 25px; }

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ENCHENTES E TRAGÉDIAS - SERÁ NATURAL?




As recentes tragédias provocadas pelas fortes chuvas que vêm abalando as cidades cariocas neste verão, além de outras que atingiram cidades catarinenses e paulistas em anos anteriores revelam uma particularidade do ser humano em relação aos outros seres vivos. Nós não temos instinto de preservação da espécie, muito menos de organização. Um formigueiro
só se forma em um local onde deve garantir segurança a todas as formigas, e isso elas não aprendem, simplesmente sabem que deve ser ali. Um pássaro só constrói seu ninho em um local onde ele, de alguma maneira, sabe que será 100% seguro. Interessante é que, até mesmo o graveto que ele recolhe para tecer o ninho é destinado exatamente ao lugar correto. Ele não o leva apenas para “ver se encaixa”, e se não der certo, procura outro. É aquele que escolheu, e já tem onde fixá-lo no ninho. O mesmo ocorre com as abelhas, vespas, castores e outros animais construtores. Os instintos de auto-preservação e organização ditam todos os seus movimentos e definem seus empreendimentos. Ou seja, os animais modificam a natureza, ao mesmo tempo em que se harmonizam com ela. Mas o homem não tem essa capacidade. Ele é o único ser vivo que altera o ambiente sem se preocupar em preservá-lo. A sobrevivência de sua espécie depende da degradação. A sua evolução só se dá por meio do aniquilamento dos recursos naturais. E para ter alguma noção de preservação, precisa estudar para isso. Nascemos e crescemos com a idéia inconsciente de consumir com esse mundo. Mas para preservá-lo, temos que ser educados. Sentimos que precisamos evoluir e sobreviver, nada mais. Não medimos os custos para isso e fazemos uso do que estiver ao nosso alcance, não importa o prejuízo que isso represente às gerações futuras. Aí está a ausência do instinto de auto-preservação. Não temos noção de ocupação de espaço. Fazemos casas em beira de rios, córregos, morros, depressões. Enchemos as ruas e avenidas de carros e depois, não conseguimos nos locomover. Sujamos os rios que nos abastecem, com nossos próprios dejetos. Poluímos o próprio ar que respiramos. Contaminamos o solo que nos dá alimento. Tudo em nome de uma “sobrevivência” que não se justifica, pois é assim que estamos nos matando. Nós nos esquecemos que, o que tiramos da natureza ela vem buscar de volta. De uma forma ou de outra. As inúmeras tragédias provocadas pelas chuvas são fatalidades, coisas muito tristes, é verdade. Mas, para a natureza é simplesmente recuperação de seu território.

Nenhum comentário:

Postar um comentário