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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tiririca: Aplicar a Lei ou só aparecer?



Todos já conhecem o velho hábito do voto de protesto. Em eleições passadas, quando a cédula ainda era de papel, já elegiam jacaré, chimpanzé, apresentadores de TV e celebridades que sequer eram candidatos. Hoje com o voto eletrônico, esse tipo de voto perdeu espaço, sendo sustituido pelo botão "BRANCO" quando não queremos votar em ninguém. A não ser
quando algum artista ou personalidade consegue registrar sua candidatura, com o aval da Justiça Eleitoral. E por esse voto de protesto formalizado na urna eletrônica, já se elegeram Clodovil, Frank Aguiar, Enéas Carneiro, filho do Ratinho e por aí vai... Agora, a celebridade do momento que conquistou Brasília é o palhaço Tiririca. Até aí, tudo bem, até um detalhe surgir na formalização desta vitória: a alfabetização do candidato. Afinal, um sujeito que mal sabe articular as palavras corretamente em sua fala cotidiana, desperta suspeitas quanto ao seu domínio da língua escrita. Mas a questão é: será ele o único? Destes 513 que foram eleitos ou em atividade, será que só o Tiririca é que pode não ser alfabetizado? Ah! E, como é mesmo o teste de alfabetização para registro de candidatura? Levar um papelzinho feito em casa, escrito de próprio punho e assinado... só isso, acreditem! Agora, o cara ganha, aliás, arrebenta nas urnas, com recorde de votos, e então vem meia dúzia de cretinos querendo aplicar um exame mais sério na capacidade intelectual do palhaço. Aí, vem a pergunta? POR QUE DIABOS ESSE EXAME MAIS DETALHADO NÃO FOI APLICADO ANTES DAS ELEIÇÕES, NO ATO DO REGISTRO DA CANDIDATURA??? É a história do burro que entra na horta. Não faz o cercado direito e depois que o animal entra e começa a comer as alfaces, enche o coitado de açoitadas. Aí não adianta! O estrago já foi feito. Mas, tem muita coisa aí que passa despercebido. Os deputados que ele arrastou com seus votos, vão perder seus cargos também? Aliás, alguém sabe quem se beneficiou com os votos do Tiririca? Nem eu... Outra coisa: a verba que foi liberada para a campanha dele. Será que não seria por isso que é tão fácil se candidatar? Pra entrar mais dinheiro? Para quem? E se ele não fosse tão famoso? Alguém ia se importar se ele fosse um completo iletrado? E volto à pergunta do início: Não haveria outros por lá? Esse é o mal dos que aplicam a lei: Dão mais importância aos holofotes do que ao exercício de sua importante função. E os palhaços acabam sendo os de sempre: nós.

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